Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 18 de 18
Filtrar
1.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e253141, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1440792

RESUMO

A vida universitária de mulheres mães apresenta questões que precisam ser mediadas quando comparadas com a mesma dinâmica em estudantes que não são mães. O referencial teórico da psicodinâmica do trabalho reconhece o estudar e o maternar como trabalho, pois demandam esforço cognitivo, físico e temporal com finalidade social. O objetivo deste artigo foi avaliar os danos advindos desses dois trabalhos, sobretudo, em suas dimensões física, psicológica e social, na vida de mães universitárias com filhos de até cinco anos de idade. Utilizou-se a metodologia quantitativa com ajuda da aplicação da Escala de Avaliação dos Danos Relacionados ao Trabalho (EADRT), e adaptada para o contexto estudantil e materno. A pesquisa foi respondida por 453 mães universitárias. Dessa forma, foi encontrada uma amostra heterogênea, cujas respostas apontaram para diferenças na percepção dos danos; correlações dos fatores; e associações com as variáveis sociodemográficas. Logo, discute-se a presença de danos físicos, sociais e psicológicos considerados graves para as duas atividades. No entanto, quando as mães universitárias residem com um companheiro ou têm maior renda, os danos sociais e psicológicos se mostraram menores. Com efeito, esta pesquisa ampliou o conhecimento sobre quem são as mães brasileiras na graduação e que tipo/grau de danos à saúde elas vivenciam, destacando que o acúmulo dos dois papéis acarreta níveis críticos que podem ser atenuados pelo apoio familiar e pela assistência às questões de vulnerabilidade econômica. Por fim, reforça-se a preocupação em analisar cientificamente essas realidades, servindo de embasamento para políticas públicas e estratégias futuras de intervenção.(AU)


The student life of college mothers shows complementary issues that need to be evaluated when compared with the same dynamic in students that are not mothers. The theoretical framework of the psychodynamics of work recognizes studying and mothering occupations as work activities, since they demand cognitive, physical, and temporal effort with a social purpose. The aim of this article was to assess the damage arising from these two workloads, especially, in their physical, psychological, and social dimensions, to the lives of women undergraduate students who have children up to five years old. We used a quantitative methodology with the application of the Work-Related Damage Assessment Scale (EADRT), adapted to the university and maternity context. The scale was answered by 453 college student mothers. Thus, we found a heterogeneous sample, whose answers pointed to variations in the perception of damage; correlations between factors; and connections with the socio demographic variables. Therefore, we discuss the presence of physical, social, and psychological damages considered severe for both activities. However, when the student mothers live with a partner or have a higher income, the social and psychological damage are lesser. In conclusion, this study expanded the knowledge about who are the Brazilian undergraduate student mothers and the type/degree of damages to their health they experienced, highlighting that the build-up of the two roles leads to critical levels that can be mitigated by family support and by assistance to issues concerning economic vulnerability. Finally, the importance to scientifically analyze these realities, serving as foundation for public policies and future intervention strategies, is reinforced.(AU)


La vida universitaria de madres tienen demandas diferentes que necesitan discusión en la comparación con la vida universitaria de mujeres que no son madres. El marco teórico de la psicodinámica de trabajo reconoce el papel de madre y de estudiante como trabajos, ya que para hacerlos se requiere esfuerzo cognitivo, físico y temporal, con finalidad social. El objetivo de este estudio es avaliar los daños que acompañan estos dos trabajos en sus dimensiones física, psicológica y social, en la vida de mujeres brasileñas estudiantes de grado que tienen hijos de hasta 5 años de edad. Se utilizó la metodología cuantitativa a partir de la aplicación de la Escala de Evaluación de Daños Relacionados al Trabajo (EADRT), adaptada al contexto estudiantil y de maternidad. La encuesta fue respondida por 453 madres universitarias. Como resultado, se encontró una muestra heterogénea, con diferencias entre la percepción de daños, correlaciones entre los factores y asociaciones entre los daños y variables sociodemográficas. Se discute la presencia de daños físicos, sociales y psicológicos considerados graves para los dos papeles. Sin embargo, cuando las madres universitarias viven con un compañero o tienen ingresos más grandes, los daños sociales y psicológicos son menores. Se concluye que este estudio permitió ampliar el conocimiento acerca de las madres brasileñas en el grado y qué tipo/nivel de los daños a la salud tienen, que destaca que la acumulación de los papeles genera niveles críticos que pueden ser mitigados por el apoyo familiar y asistencia en cuestiones de vulnerabilidad económica. Se destaca la preocupación por analizar científicamente las realidades de madres universitarias, sirviendo de base para políticas públicas y estrategias de intervenciones futuras.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Trabalho , Avaliação de Danos , Mães , Ansiedade , Relações Pais-Filho , Pobreza , Preconceito , Psicologia , Psicologia Social , Qualidade de Vida , Ensino de Recuperação , Sono , Transtornos do Sono-Vigília , Comportamento Social , Mudança Social , Responsabilidade Social , Ciências Sociais , Apoio Social , Socialização , Fatores Socioeconômicos , Evasão Escolar , Direitos da Mulher , Comportamento , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Inclusão Escolar , Aleitamento Materno , Gravidez , Adaptação Psicológica , Pais Solteiros , Casamento , Educação Infantil , Características da Família , Indicadores de Qualidade de Vida , Responsabilidade Legal , Licença Parental , Estado Civil , Aprendizagem Baseada em Problemas , Feminismo , Compensação e Reparação , Tontura , Sonhos , Escolaridade , Emoções , Docentes , Medo , Comportamento Alimentar , Discriminação Social , Marginalização Social , Capital Social , Ajustamento Emocional , Sistemas de Apoio Psicossocial , Equilíbrio Trabalho-Vida , Testes de Memória e Aprendizagem , Ativismo Político , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Esgotamento Psicológico , Status Econômico , Tristeza , Angústia Psicológica , Inclusão Social , Fatores Econômicos , Fatores Sociodemográficos , Cidadania , Apoio Familiar , Bem-Estar Psicológico , Culpa , Habitação , Direitos Humanos , Acontecimentos que Mudam a Vida , Amor , Relações Mãe-Filho , Motivação
2.
Rev. Ocup. Hum. (En línea) ; 23(1): 8-23, 2023.
Artigo em Espanhol | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1414214

RESUMO

El artículo aborda el carácter histórico y político del tiempo, por considerarle un articulador de la existencia humana, a partir de una lectura crítica de la vida cotidiana. La reproducción de la temporalidad está mediada por el trabajo, el que, analizado desde una perspectiva feminista-marxista, permite reconocer desigualdades en la experiencia del tiempo de hombres y mujeres, basadas en la división sexual del trabajo. Para profundizar en este fenómeno se presentan resultados derivados de una investigación cualitativa que buscó analizar la experiencia del tiempo cotidiano de mujeres que realizan el trabajo de cuidados de personas adultas con discapacidad en Santiago de Chile. Se realizaron entrevistas semiestructuradas y observaciones participantes en los contextos cotidianos de ocho mujeres, reconociendo que su experiencia del tiempo depende de otras personas, que está densificada por la continua realización simultánea de trabajos no remunerados y que no distingue tiempos libres, de ocio ni por fuera del cuidado. Se concluye reconociendo que las desigualdades de género también producen desigualdades en la experiencia del tiempo, lo que insta a avanzar en políticas sociales que reconozcan el cuidado como un derecho social para que las mujeres puedan construir experiencias de sentido, azar, demora y libertad.


The article addresses time's historical and political character, considering it an articulator of human existence from a critical reading of everyday life. The reproduction of temporality is mediated by work, which, analyzed from a feminist-Marxist perspective, allows the recognition of inequalities in the experience of time for men and women based on the sexual division of labor. To delve into this phenomenon, the article presents the results from qualitative research that sought to analyze the daily experience of women who are caregivers of adults with disabilities in Santiago de Chile. Methodologically, semi-structured interviews and participant observations were made in the everyday contexts of eight women, recognizing that their experience of time depends on other people, that it is densified by the continuous and simultaneous performance of unpaid work, and that it does not distinguish free time, leisure, or time outside care. It concludes by recognizing that gender inequalities also produce inequalities in the experience of time, which urges progress in social policies recognizing care as a social right so that women can build experiences of meaning, chance, delay, and freedom.


O artigo aborda a natureza histórica e política do tempo, considerando-o um articulador da existência humana, a partir de uma leitura crítica da vida cotidiana. A reprodução da temporalidade é mediada pelo trabalho, que, analisado a partir de uma perspectiva feminista-marxista, permite reconhecer desigualdades na experiência do tempo de homens e mulheres, a partir da divisão sexual do trabalho. Para aprofundar este fenômeno, são apresentados os resultados derivados de uma pesquisa qualitativa, que buscou analisar a experiência do tempo cotidiano de mulheres que realizam o trabalho de cuidar de adultos com deficiência em Santiago do Chile. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e observações participantes nos contextos cotidianos de oito mulheres, reconhecendo que sua experiência do tempo depende de outras pessoas, que está intensificada pelo desempenho contínuo e simultâneo de trabalhos não remunerados, e que não distingue os tempos livres, de lazer nem externo ao cuidado. Conclui-se reconhecendo que as desigualdades de gênero também produzem desigualdades na experiência do tempo, o que urge avançar em políticas sociais que reconheçam o cuidado como um direito social, para que as mulheres possam construir experiências de sentido, casualidade, lentidão e liberdade.


Assuntos
Mulheres , Trabalho , Cuidadores , Jornada de Trabalho , Pessoas com Deficiência , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero
3.
Estud. Psicol. (Campinas, Online) ; 40: e210126, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1506231

RESUMO

Objective Investigate child care collective imaginaries, a focus justified by the social and family transformations resulting from the massive insertion of women into the labor market. Method The study is organized methodologically from the perspective of concrete psychoanalytic psychology, articulating the use of the psychoanalytic method with relational theorizations. The research involves collective psychological interviews, in which 12 judicial mediators were interviewed through the Thematic Drawing and Story Procedure. Results The psychoanalytical consideration of the material allowed the interpretative production of four affective-emotional meaning fields. Conclusion The general picture indicates that a conservative imaginary prevails in which the best child care is provided by the biological mother in the contexts of both the nuclear family and the matrifocal family while also maintaining a friendly bond with the father.


Objetivo Investigar imaginários coletivos sobre cuidado infantil, justificando-se face a transformações sociais e familiares decorrentes da maciça inserção da mulher no mundo laboral. Método Organizou-se metodologicamente na perspectiva da psicologia psicanalítica concreta, referencial que articula o uso do método psicanalítico com teorizações relacionais. Concretizou-se pela realização de entrevistas psicológicas coletivas, durante as quais 12 mediadores judiciais foram abordados por meio do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. Resultados A consideração do material permitiu a produção interpretativa de quatro campos de sentido afetivo-emocional. Conclusão O quadro geral indica o predomínio de um imaginário conservador, conforme o qual o melhor cuidado infantil é aquele proporcionado pela mãe biológica no contexto da família nuclear ou da família matrifocal que mantém vínculo amistoso com o pai.


Assuntos
Psicanálise , Cuidado da Criança , Poder Familiar , Negociação , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero
4.
Psicol. rev ; 35(2): 287-309, 22/12/2022.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1443131

RESUMO

Este artigo é uma pesquisa teórica que visa a identificar aspectos da divisão sexual do trabalho na inserção de mulheres à Polícia Militar brasileira, articulando-os ao campo teórico da Psicodinâmica do Trabalho. Para isso, nos pautamos em produções acerca da inserção e do cotidiano de mulheres na Polícia Militar. Compreendemos que a forma com que as mulheres policiais dão sentido as suas experiências laborais podem estar atravessadas por uma ideia de exaltação da virilidade, além de outros atributos que são tidos socialmente como masculinos, visto que as instituições militares brasileiras, historicamente, são compostas por um grande valor social, atrelado a uma concepção de bravura, virilidade, força física, heroísmo, entre outras; características que foram associadas à masculinidade e, contemporaneamente, ainda perpassam nosso meio social. Ressaltamos que as experiências no trabalho estão intima-mente relacionadas à produção de subjetividade, consequentemente, às formas com que os trabalhadores e trabalhadoras se reconhecem enquanto sujeitos em determinado contexto socio-histórico. (AU)


This article is a theoretical study that aims to identify aspects of the sexual division of labor in the incorporation of women into the Brazilian Military Police, linking them to the theoretical field of Work Psychodynamics. To do so, we rely on research on the insertion and daily experiences of women in the Military Police. We understand that the way in which women in the police interpret their work experiences may be shaped by an ideal of exalting virility, as well as other attributes that are socially seen as masculine. This is because Brazilian military institutions, historically, have been associated with values, such as bravery, virility, physical strength, heroism, among others, characteristics that are traditionally associated with masculinity and that continue to influence our social environment. We emphasize that work experiences are closely related to the production of subjectivity, and therefore to the way in which male and female workers recognize themselves as subjects in a particular socio-historical context. (AU)


Este artículo es una investigación teórica que tiene como objetivo identificar aspectos de la división sexual del trabajo en la inserción de las mujeres en la Policía Militar Brasileña, vinculándolas al campo teórico de la Psicodinámica del Trabajo. Para ello, nos guiamos por producciones sobre la inserción y la vida cotidiana de las mujeres en la Policía Militar. Entendemos que la forma en que las mujeres policías dan sentido a sus experiencias laborales puede estar atravesada por una idea de exaltación de la virilidad, además de otros atributos que se consideran socialmente masculinos, ya que las instituciones militares brasileñas, históricamente, están compuestas por una gran valor social, ligado a una concepción de valentía, virilidad, fuerza física, heroísmo, entre otras; características que estaban asociadas con la masculinidad y, al mismo tiempo, aún impregnan nuestro entorno social. Destacamos que las experiencias laborales están estrechamente relacionadas con la producción de subjetividad, en consecuencia, con las formas en que los trabajadores se reconocen a sí mismos como sujetos en un contexto socio-histórico determinado. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Polícia , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Militares , Meio Social , Mulheres/psicologia , Trabalho/psicologia , Brasil , Desempenho Profissional
6.
Rev. bras. estud. popul ; 39: e0204, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1376642

RESUMO

O artigo busca refletir sobre a realização do trabalho doméstico não remunerado por mulheres e homens na faixa etária de 25 a 49 anos, utilizando informações provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2019. A análise dos dados se baseia na avaliação das taxas de realização de afazeres domésticos (TRAD) e de cuidados (TRCD) e dos tempos médio social (TMS) e participante (TMP). Os resultados apontam que o trabalho doméstico não remunerado permanece nos moldes de um modelo de divisão sexual do trabalho complementar e assimétrico. As taxas de realização de afazeres domésticos e de cuidados mostram participação expressiva dos homens, ainda que inferior à das mulheres, contudo, mais concentrados em atividades de suporte e de interações externas ao domicílio. Os diferenciais observados no tempo gasto em trabalho doméstico não remunerado revelam que essa participação masculina continua não se refletindo em redução dos tempos femininos com essas atividades, o que aponta a persistência das desigualdades de gênero no trabalho doméstico não remunerado nas idades de maior pressão pelas demandas da vida reprodutiva e produtiva.


The article seeks to reflect on the performance of unpaid domestic work by women and men in the age group 25-49, using information from the Continuous National Household Sample Survey (PNADC) for the year 2019. The data analysis is based on the evaluation of the Rates of housework chores (TRAD), caregiving (TRCD), Social Mean Time (TMS) and Participant Time (TMP). Results show that unpaid domestic work remains along the lines of a complementary and asymmetrical model of the sexual division of labor. The rates for carrying out domestic chores and caregiving show significant participation of men, although lower than that of women; however, they are more concentrated in support activities and interactions outside the home. The differentials observed in the time spent on unpaid domestic work reveal that male participation is still not reflected in a reduction of the time women spent on these activities, pointing to the persistence of gender inequalities in unpaid domestic work at ages of greater pressure due to the demands of both reproductive and productive life.


El artículo busca reflexionar acerca de la realización del trabajo doméstico no remunerado de mujeres y hombres en la franja etaria de 25 a 49 años, utilizando información proveniente de la Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADC) de 2019. El análisis de los datos se basa en la evaluación de las tasas de realización de tareas domésticas (TRAD), de los cuidados (TRCD), de los tiempos medianos sociales (TMS) y participante (TMP). Los resultados indican que el servicio doméstico no remunerado permanece en los parámetros de un modelo de división sexual del trabajo complementario y asimétrico. Las TRAD y las TRCD muestran una participación expresiva de los hombres, aunque inferior a las de las mujeres, aunque más centrados en las actividades de soporte y de interacciones externas a la residencia. Los diferenciales observados en el tiempo consumido por el trabajo doméstico no remunerado revelan que esa participación masculina sigue sin influir en la reducción de los tiempos femeninos en esas actividades, y señalan la persistencia de las desigualdades de géneros en el servicio doméstico no pagado en las edades de mayores presiones sociales por las demandas de la vida reproductiva y productiva.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Análise de Dados , Serviços Domésticos , Grupos Etários , Mulheres , Trabalho , Identidade de Gênero
7.
Multimedia | Recursos Multimídia | ID: multimedia-9529

RESUMO

Webinar realizado el 31 de marzo de 2020, organizado por la Red Centroamericana de Informática en Salud, con la participación de Aline Jiménez (México), Guiselle Barrantes (Costa Rica), Isabel Lobos (Guatemala), Myrna Marti (Argentina) y Sonia Viana (El Salvador), y moderado por Joseline Carías (RECAINSA).


Assuntos
Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Informática Médica , Sistemas de Informação em Saúde , Estratégias de eSaúde , Mulheres Trabalhadoras
8.
Esc. Anna Nery Rev. Enferm ; 25(spe): e20210058, 2021.
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1284440

RESUMO

Objetivos: Refletir sobre as desigualdades que afetam a Enfermagem em sua trajetória histórica e que se acentuam durante a pandemia da Covid-19. Métodos: Método crítico-reflexivo com aporte no referencial do materialismo histórico-dialético. Foram analisados posicionamentos das entidades de classe da Enfermagem, boletins epidemiológicos e notícias sobre o contexto de trabalho de profissionais da saúde, desde março de 2020. Resultados: Foram discutidas questões acerca das desigualdades e hierarquias próprias das equipes de saúde, tendo em vista as perspectivas de classe, gênero, raça/etnia que impactam na profissão de enfermagem e no trabalho em saúde e que se acentuam no contexto da COVID-19. Os impactos da pandemia expõem a desvalorização do trabalho da enfermagem, evidenciada pela invisibilidade social da categoria e pela precarização da vida de quem a exerce. Conclusão e implicação para a prática: Torna-se urgente e necessário reconhecer que as desigualdades agravadas pela pandemia fazem parte de uma condição estrutural da sociedade que afeta diretamente trabalhadoras e trabalhadores da Enfermagem. Ademais, torna-se oportuno a enfermagem perfilhar lutas junto a sociedade civil na defesa igualitarista de justiça e pela proteção social universal e na superação dos condutores estruturais das desigualdades


Objectives: to reflect on the inequalities that affect Nursing in its historical trajectory and that are accentuated during the COVID-19 pandemic. Methods: critical-reflective method based on historical-dialectical materialism. Positions of Nursing class entities, epidemiological bulletins and news about the work context of health professionals were analyzed since March 2020. Results: issues about the inequalities and hierarchies specific to health teams were discussed, in view of the perspectives of class, gender and race/ethnicity that exert an impact on the Nursing profession and health work and that are accentuated in the context of COVID-19. The impacts of the pandemic expose the devaluation of the Nursing work, evidenced by the social invisibility of the category and the precariousness of the life of those who exercise it. Conclusion and implication for the practice: It is urgent and necessary to recognize that the inequalities aggravated by the pandemic are part of a structural condition of society, and that it directly affects Nursing workers. Furthermore, it is opportune for Nursing to profile struggles with civil society in the egalitarian defense of justice, for universal social protection and in overcoming the structural drivers of inequalities


Objetivos: Reflexionar sobre las desigualdades que afectan a la Enfermería en su trayectoria histórica y que se acentúan durante la pandemia Covid-19. Métodos: Método crítico-reflexivo basado en el materialismo histórico-dialéctico. Se analizaron posiciones de entidades de clase de enfermería, boletines epidemiológicos y noticias sobre el contexto laboral de los profesionales de la salud desde marzo de 2020. Resultados: Se discutieron cuestiones sobre las desigualdades y jerarquías propias de los equipos de salud, en vista de las perspectivas de clase, género, raza / etnia que impactan la profesión de enfermería y el trabajo en salud y que se acentúan en el contexto del COVID-19. Los impactos de la pandemia exponen la desvalorización del trabajo de enfermería, evidenciada por la invisibilidad social de la categoría y la precariedad de la vida de quienes la ejercen. Conclusión e implicación para la práctica: Es urgente y necesario reconocer que las desigualdades agravadas por la pandemia forman parte de una condición estructural de la sociedad y afectan directamente a los trabajadores de enfermería. Además, es oportuno que la enfermería perfile las luchas con la sociedad civil en la defensa de la igualdad y la justicia, por la protección social universal y la superación de los impulsores estructurales de las desigualdades


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , COVID-19/enfermagem , Profissionais de Enfermagem/história , Salários e Benefícios , Mulheres Trabalhadoras/história , Jornada de Trabalho , Racismo/história , Equipamento de Proteção Individual , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero
9.
São Paulo; s.n; 2021. 281 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1254355

RESUMO

Introdução: as mulheres brasileiras são as principais responsáveis pelas práticas e as habilidades culinárias domésticas necessárias para obter, preparar e oferecer os alimentos à família. Estudos sugerem que os problemas de saúde das mulheres podem ser agravados pela sobrecarga de atividades dentro e fora do domicílio. Objetivo: investigar as dinâmicas de gêneros relacionadas às práticas culinárias domésticas, ao aprender e ensinar as habilidades culinárias e aos arranjos de divisões dos trabalhos culinários domésticos das mães vivendo em Cruzeiro do Sul - Estado do Acre - Amazônia Ocidental Brasileira. Métodos: desenvolveu-se um programa de pesquisa qualitativo de fundamentação interpretativa feminista no contexto do seguimento de dois anos do "Estudo MINA-Brasil: saúde e nutrição materno-infantil em Cruzeiro do Sul, Acre". Produziu-se os dados a partir de entrevistas em profundidade com 16 mulheres, autorreferidas cisgêneros, com idades entre 18 e 41 anos, que cozinhavam em casa no mínimo uma vez ao dia e que eram mãe de, ao menos, uma criança com 2 anos de idade. Também, entrevistou-se 5 homens, autorrelatados cisgêneros e cônjuges dessas mulheres. Analisou-se os dados a partir da análise de conteúdo, assim se identificou as unidades de significâncias regulares, expressivas e significativas presentes nas entrevistas. Interpretou-se os dados a partir das teorias: do sistema linguístico culinário apresentada pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss, das práticas sociais da alimentação proposta pelo sociólogo Alan Warde, da performatividade de gênero segundo a filósofa Judith Butler, e do fazer gênero de acordo com a socióloga e do sociólogo Candace West e Don Zimmerman. Resultados: As mulheres desenvolveram suas habilidades culinárias em diferentes momentos da vida. Na infância, elas foram ensinadas por figuras maternas e aprenderam habilidades culinárias necessárias para preparar a comida tradicional de seus locais de origem, a "comida da mata". Na idade adulta, foram ensinadas por suas empregadoras a desenvolveram habilidades culinárias necessárias para o trabalho remunerado doméstico, expresso através do cozinhar a "comida da cidade". Notoriamente, essas mulheres, também, foram ensinadas por seus maridos a cozinhar alimentos que atendessem aos gostos e aos padrões alimentares deles. Diferentemente, essas mulheres ensinavam às crianças habilidades culinárias para desenvolver sua autonomia alimentar, não sobrecarregar outras mulheres e promover a divisão igualitária do trabalho culinário doméstico. Apesar disso, a maioria das entrevistadas realizavam, em suas casas, atividades culinárias rotineiras, não discricionárias, com maior consumo de tempo e focadas para seus familiares. Enquanto seus cônjuges realizavam poucas (ou nenhuma) atividades culinárias domésticas, sendo a maioria destas dedicadas ao autocuidado ou ao lazer. Esse arranjo ficou, especialmente, evidente durante o processo de transição para a maternidade, pois quando não tinham crianças, as entrevistadas mencionaram realizar práticas culinárias atendendo suas demandas pessoais e horários do trabalho extradomiciliar. A partir do nascimento das crianças, as mulheres modificaram suas práticas culinárias se apropriando das ideias hegemônicas do que é ser mãe, desenvolvendo atividades culinárias focadas no cuidado dos membros da família. Nesse sentido, viu-se que as mulheres negociavam os elementos de suas práticas culinárias domésticas considerando a disponibilidade financeira individual e da família, a disponibilidade de tempo, as normas socioculturais de gênero, e as aspirações e desejos pessoais. Conclusão: denota-se que as práticas culinárias domésticas são elementos importantes para a construção e afirmação das identidades das mulheres da Amazônia ocidental brasileira. Assim, vemos que a culinária doméstica, no momento que é praticada, produz ou aciona um conjunto de efeitos de gênero que faz com que os indivíduos possam ter suas identidades femininas ou masculinas reconhecidas. Por fim, sugere-se que os resultados aqui apresentados possam contribuir para a compreensão da complexidade do processo sociocultural de gênero relacionado ao desenvolver, ensinar, compartilhar e desempenhar as habilidades e as práticas culinárias domésticas em comunidades ou membros de grupos socioculturais específicos, especialmente aqueles que vivem nos centros urbanos da Amazônia ocidental brasileira.


Introduction: Brazilian women are primarily responsible for the domestic culinary practices and skills necessary to obtain, prepare, and serve meals to their families. Women's health problems can be aggravated by the overload of activities inside and outside the home. Objective: to investigate the genders' dynamics related to domestic culinary practices, learning and teaching domestic culinary skills, and the division's arrangements of domestic culinary work of mothers living in Cruzeiro do Sul - State of Acre - Brazilian Western Amazon. Methods: it is a qualitative research program with a feminist interpretive approach. 19 in-depth interviews were developed in the context of the two-year follow-up of the "MINA-Brazil Study: maternal and child health and nutrition in Cruzeiro do Sul, Acre". 16 respondents were women, self-reported cisgenders, aged between 18 and 41 years old, who cooked at home at least once a day, and who were the mother of at least one 2-year-old child. Another 5 were men, self-reported cisgenders, and husbands of these women. Data were analyzed from content analysis, identifying the regular, expressive and meaningful significance units collected through the interviews. The data was interpreted from the theories of the culinary linguistic system presented by the anthropologist Claude Lévi-Strauss, the social practices of eating proposed by the sociologist Alan Warde, gender performance according to the philosopher Judith Butler, and doing gender according to sociologists Candace West and Don Zimmerman. Results: women developed their culinary skills at different times in life. In childhood, they were taught by maternal figures and learned the culinary skills to prepare traditional food from their places of origin, the "Comida da Mata". As adults, they were taught by employers to develop the culinary skills to meet the domestic works' demands, as a housemaid, expressed through cooking "Comida da Cidade". Notoriously, husbands taught their wives to cook food that met their tastes and eating patterns. Contrasting this, women taught their children culinary skills to develop food autonomy, not overburden other women, and promote an equal division of domestic culinary work. Despite this, most women interviewees do routine, non-discretionary, time-consuming, and family-driven domestic culinary activities. While their husbands achieved few (or none) domestic cooking activities, mainly dedicated to self-care or leisure. This arrangement was especially evident during the transition to motherhood. When women did not have children, they mentioned carrying out culinary practices meeting their demands and working hours outside the home. After the birth of children, women modified their culinary practices, appropriating the hegemonic ideas of what it means to be a mother, developing culinary activities focused on caring for their relatives. In this way, it was seen that women negotiated the elements of their domestic culinary practices considering the individual and family financial availability, the time availability, the socio-cultural gender's norms, and the personal aspirations and desires. Conclusion: domestic culinary practices are critical elements for the construction and affirmation of the identities of women in the Brazilian Western Amazon. Because domestic culinary practices could produce or trigger a set of gender effects that make it possible for individuals to have their female or male identities expressed, recognized, and reaffirmed. Finally, the results presented here may contribute to the understanding of the complexity of the gender socio-cultural process related to developing, teaching, sharing, and acting domestic cooking skills and practices of individuals or communities living in urban areas.


Assuntos
Mulheres , Culinária , Feminismo , Pesquisa Qualitativa , Construção Social do Gênero , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero
10.
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1151194

RESUMO

Objetivo: compreender a relação de gênero como fator determinante na escolha do cuidador domiciliar de pessoas dependentes. Método: trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizada com cuidadores domiciliares de pessoas dependentes de uma área assistida por uma Unidade de Saúde da Família no município de Petrolina. Resultados: participaram da pesquisa 13 cuidadores domiciliares através de uma entrevista semiestruturada sendo possível identificar que alguns fatores estão condicionados com a escolha do responsável pela implementação do cuidado e que a questão de gênero está intimamente atrelada na eleição do cuidador. Conclusão: na perspectiva desse estudo, foi possível constatar a presença marcante da figura feminina como detentora do cuidar. A mulher é culturalmente responsabilizada pela prestação do cuidado. Os resquícios de uma cultura machista contribuíram na conceituação de que o cuidar se tornasse um sinônimo de atribuições domésticas embutidas na mulher que, por sua vez, tem sua prática subestimada


Objective: To understand the gender relation as a determining factor in the choice of the caregiver domicile of dependent people. Method: This is a descriptive study with a qualitative approach, carried out with home caregivers of people dependent on an area assisted by a Family Health Unit in the city of Petrolina. Results: 13 home caregivers participated in the study through a semi-structured interview it is possible to identify that some factors are conditioned by the choice of the person responsible for the implementation of the care and that the gender issue is closely tied to the caregiver's election. Conclusion: In the perspective of this study, it was possible to verify the remarkable presence of the female figure as custodian. The remnants of a macho culture contributed to the conceptualization that caring became a synonym for domestic duties, being underestimated in their practices and embedded in women


Objetivo: Comprender la relación de género como factor determinante en la elección del cuidador domiciliar de personas dependientes. Método: Se trata de un estudio descriptivo con abordaje cualitativo, realizado con cuidadores domiciliares de personas dependientes de un área asistida por una Unidad de Salud de la Familia en el municipio de Petrolina. Resultados: Participaron de la investigación 13 cuidadores domiciliares a través de una entrevista siendo es posible identificar que algunos factores están condicionados con la elección del responsable por la implementación del cuidado y que la cuestión de género está ligada en la elección del cuidador. Conclusión: En la perspectiva de ese estudio, fue posible constatar la presencia de la figura femenina como poseedora del cuidar. Los restos de una cultura machista contribuyeron en la conceptualización de que el cuidar se convirtiera en un sinónimo de atribuciones domésticas y embutida en la mujer


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Cuidadores , Estereotipagem de Gênero , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Mulheres , Relações Trabalhistas
13.
Evid. actual. práct. ambul ; 23(3): e002046, 2020. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1119521

RESUMO

Introducción. El trabajo ocupa un lugar clave en la vida de la mujer, y a su vez comprende varias dimensiones. Dos de ellas son el trabajo doméstico no remunerado (TDNR) e invisibilizado, y el trabajo productivo remunerado (TPR) fuera dela casa. El objetivo de esta investigación fue comprender cómo es la percepción de salud en la mujer actual de clase media urbana con doble jornada laboral y cómo ella jerarquiza su TPR. Métodos. Investigación con enfoque cualitativo realizada en un hospital privado universitario de la Ciudad de Buenos Aires, mediante entrevistas individuales a mujeres adultas y alfabetas de 30 a 60 años de edad, seleccionadas a través del método de bola de nieve a partir de sus médicos de cabecera. Se utilizaron fichas demográficas estructuradas y entrevistas en profundidad. Se registraron datos personales y prácticas médicas realizadas en los últimos años. Se realizó un análisis de contenido. Resultados. Entrevistamos a 47 mujeres, la mayoría con hijos y la mitad, a cargo de las tareas domésticas en su hogar. Ninguna de ellas reconoció la tarea doméstica (TDNR) como trabajo, 76 % refirió no realizar controles habituales de salud,aunque más del 90 % hizo las prácticas preventivas recomendadas para su edad. Las mujeres entrevistadas expresaron diferentes significados atribuidos por ellas al TPR como independencia, desarrollo personal, mejoría en autoestima, calidad de vida, y sociabilidad. Sin embargo, ante su ausencia en el hogar se mostraron ambivalentes y con sentimientos de culpabilidad. Conclusiones. Este estudio permite reconocer que las mujeres con trabajo TDNR y TPR valoran positivamente a este último, pero se cuestionan que éste les quite tiempo a su participación en el ámbito familiar. Esto resulta en una mayor autoexigencia y perpetúa la invisibilidad del TDNR. En relación al autocuidado, sienten que no realizan sus cuidados médicos, pero tienen buenos indicadores de prácticas preventivas. Quizás sea necesario propiciar la reflexión acerca del rol que tiene el TPR en su bienestar. (AU)


Introduction. Work occupies a key place in the life of women, and in turn, comprises several dimensions. Two of them are unpaid domestic work (UDW) and paid productive work (PPW) outside the home. The objective of this research was to understand how the perception of health is in the current urban middle-class woman with a double working day and how she prioritizes her PPW. Methods. Research with a qualitative approach carried out in a private university hospital in the City of Buenos Aires, through individual interviews with adult and literates women aged 30 to 60, selected through the snowball method from their general practitioners. Structured demographics and in-depth interviews were used. Personal data and medical practices carried out in recent years were recorded. A content analysis was performed. Results. We interviewed 47 women, the majority with children and half of them, in charge of housework in their home. None of them recognized housework (UDW) as work, 76 % reported not doing regular health checks, although more than 90 % did the recommended preventive practices for their age. The women interviewed expressed different meanings attributed bythem to the PPW such as independence, personal development, improvement in self-esteem, quality of life, and sociability. However, in their absence at home, they were ambivalent and guilty. Conclusions. This study allows us to recognize that women with UDW and PPW value the latter positively, but question whether it takes time away from their participation in the family environment. This results in increased self-demand and perpetuates the invisibility of the UDW. In relation to self-care, they feel that they do not perform their medical care, buthave good indicators of preventive practices. It may be necessary to encourage reflection on the role of the PPW in theirwell-being. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Mulheres Trabalhadoras/estatística & dados numéricos , Saúde da Mulher/estatística & dados numéricos , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Qualidade de Vida , Autoimagem , Classe Social , Percepção Social , Fatores Socioeconômicos , Tabagismo/psicologia , Mulheres Trabalhadoras/história , Jornada de Trabalho , Exercício Físico , Educação Infantil , Medicina Preventiva/tendências , Entrevistas como Assunto/estatística & dados numéricos , Pesquisa Qualitativa , Alcoolismo/psicologia , Violência contra a Mulher , Teste de Papanicolaou , Alfabetização , Estilo de Vida Saudável , Violência de Gênero , Estereotipagem de Gênero , Culpa , Hipertensão/psicologia , Obesidade/psicologia
14.
Psicol. soc. (Online) ; 32: e020008, 2020.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1135940

RESUMO

Resumo Este artigo analisa o trabalho doméstico remunerado no Brasil buscando articular dimensões conjunturais e estruturais, a partir das determinações inscritas na divisão sexual e racial do trabalho, que o conformam como um campo de trabalho assalariado majoritariamente ocupado por mulheres e, dentre elas, por mulheres negras, e marcado por relações de exploração e dominação conformadas pela imbricação das relações sociais de gênero, raça e classe, que atravessam a formação social brasileira. Analisa-se como o trabalho doméstico remunerado se inscreve no cerne das contradições sociais do país e como a luta das trabalhadoras domésticas e cada momento de conquista advindo desta luta movimentam reações que expressam os conflitos e antagonismos sociais inerentes a estas relações.


Resumen Este artículo analiza el trabajo doméstico remunerado en Brasil, buscando articular dimensiones coyunturales y estructurales, a partir de las determinaciones inscritas en la división sexual y racial del trabajo, que lo configuran como un campo de trabajo asalariado ocupado sobretodo por mujeres y, entre ellas, mujeres negras, y marcado por relaciones de explotación y dominación formadas por la superposición de relaciones sociales de género, raza y clase, que cruzan la formación social brasileña. Analiza cómo el trabajo doméstico remunerado está en el centro de las contradicciones sociales del país y cómo la lucha de las trabajadoras domésticas y cada momento de conquista resultante de esta lucha mueve reacciones que expresan los conflictos y los antagonismos sociales inherentes a estas relaciones.


Abstract This article analyzes paid domestic work in Brazil, seeking to articulate conjunctural and structural dimensions based on the determinations inscribed in the sexual and racial division of labor, which make it up as a wage labor field mainly occupied by women and, among them, black women, and marked by relations of exploitation and domination shaped by the imbrication of social relations of gender, race and class that cross the Brazilian social formation. The article analyzes how paid domestic work is at the core of the country's social contradictions as well as how the struggle of domestic workers and each moment of conquest resulting from this struggle trigger reactions that express the conflicts and social antagonisms inherent in these relationships.


Assuntos
Mulheres Trabalhadoras , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Trabalho Doméstico/história , Relações Trabalhistas , Fatores Sociológicos , Relações Interpessoais
15.
Psicol. teor. prát ; 21(2): 232-251, May-Aug. 2019. ilus, tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1020261

RESUMO

The study aimed to identify, describe and analyze the conditions of women's work reported in the Brazilian scientific literature. An integrative review was performed in the SciELO and PePSIC databases, using the descriptors "trabalho feminino" and "trabalho AND gênero". The search resulted in 238 articles, of which 22 were selected. The analysis resulted into three categories: Gender relations and conflicts in the work environment; Work and family; and Precarization of the work. Precarious work, power relations and the sexual division of labor are the main dimensions related to the working conditions of women. Gender differences remain entrenched in the female labor context and are often treated in a naturalized way. The conquest of a place in the world of work by women happened in parallel with the perpetuation of obligations towards the family and, as a consequence, established a double (or triple) working day.


A pesquisa objetivou identificar, descrever e analisar as condições do trabalho da mulher relatadas na literatura científica brasileira. Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados Scielo e Pepsic, utilizando como descritores "trabalho feminino" e "trabalho AND gênero". A busca resultou em 238 artigos, dos quais 22 foram selecionados. A análise resultou na divisão de três categorias: Relações de gênero e conflitos no ambiente laboral; Trabalho e família; e Precarização do trabalho. O trabalho precarizado, relações de poder e a divisão sexual do trabalho são as principais dimensões relacionadas com as condições de trabalho de mulheres. As diferenças de gênero permanecem arraigadas no contexto laboral, muitas vezes, tratadas de forma naturalizada. A conquista de um espaço no mundo do trabalho por parte das mulheres aconteceu de modo paralelo à perpetuação de obrigações para com a família e instaurou, como consequência, a dupla (ou tripla) jornada de trabalho.


La investigación objetivó identificar, describir y analizar las condiciones del trabajo de la mujer relatadas en la literatura científica brasileña. Se realizó una revisión integrativa en las bases de datos Scielo y Pepsic, utilizando como descriptores "trabajo femenino" y "trabajo AND género". La búsqueda resultó en 238 artículos, de los cuales 22 fueron seleccionados. Los resultados se dividieron en tres categorías: Relaciones de género y conflictos en el ambiente laboral; Trabajo y familia; y Precarización del trabajo. Trabajo precarizado, relaciones de poder y división sexual del trabajo son las principales dimensiones relacionadas con las condiciones de trabajo de las mujeres. Las diferencias de género permanecen arraigadas en el contexto laboral, muchas veces tratadas de forma naturalizada. La conquista de un espacio en el trabajo por parte de las mujeres ocurrió de modo paralelo a las obligaciones con la familia e instauró, como consecuencia, la doble (o triple) jornada de trabajo.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Negociação
16.
Pesqui. prát. psicossociais ; 13(4): 1-14, out.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1002761

RESUMO

O trabalho doméstico, remunerado ou não, tem sido historicamente atribuído à mulher, surgindo como encargo específico do papel de gênero feminino e assumindo um caráter de invisibilidade e desvalorização social. Neste artigo, sugerimos um viés de análise que considera a atividade além de sua institucionalização econômica, como ação prática e psíquica, sede de investimentos vitais e de transformação de si e do mundo. Por meio da revisão de literatura, mostramos que o trabalho doméstico apresenta contornos de submissão e permanece vinculado à mulher. Discutimos o trabalho como instituição, passível de ser construído e desconstruído, e relacionamos os afazeres domésticos às atividades rejeitadas que permanecem nos bastidores, acarretando também sua perda de sentido, segundo as perspectivas das clínicas do trabalho.


The housework, remunerated or not, has been historically attributed to women, arising as a specific task of the feminine gender role and taking on a character of invisibility and social devaluation. In this article, we suggest an analysis bias that considers the activity beyond it's economic institutionalization, as a practical and psychic action, focus of vital investments and transformation of oneself and the world. Through the literature review, we show that domestic work presents contours of submission and remains linked to women. We discuss work as an institution, which can be constructed and deconstructed, and we relate the housework to the rejected activities that remain behind the scenes, also leading to their loss of meaning according to the perspectives of the work clinics.


El trabajo doméstico, remunerado o no, ha sido históricamente atribuido a la mujer, surgiendo como encargo específico del papel de género femenino y asumiendo un carácter de invisibilidad y devaluación social. En este artículo, sugerimos una línea de análisis que considera la actividad más allá de su institucionalización económica, como acción práctica y psíquica, sede de inversiones vitales y de transformación de sí y del mundo. Por medio de la revisión de literatura, mostramos que el trabajo doméstico presenta contornos de sumisión y permanece vinculado a la mujer. Discutimos el trabajo como institución, pasible de ser construido y deconstruido, y relacionamos los quehaceres domésticos a las actividades rechazadas que permanecen entre bastidores, acarreando también su pérdida de sentido, según las perspectivas de las clínicas del trabajo.


Assuntos
Trabalho , Identidade de Gênero , Serviços Domésticos , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero
17.
Cad. psicol. soc. trab ; 20(2): 143-157, jul.-dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001699

RESUMO

O objetivo deste trabalho é compreender as trajetórias de feminização no espaço hospitalar, entendendo os reflexos da divisão sexual e das relações de gênero nas práticas de trabalho, com base em uma pesquisa realizada em um hospital na Serra Gaúcha. Utilizou-se, como metodologia, a análise de discurso das trajetórias de vida das trabalhadoras, por meio de entrevistas semiestruturadas. Participaram desta pesquisa nove mulheres com escolaridades e funções diversas. As análises compuseram-se pelos seguintes elementos: o trabalho como possibilidade de autonomia e sustento; o trabalho feminino precarizado diante da divisão sexual do trabalho e no início da carreira; o trabalho feminino doméstico como pouco reconhecido e obrigatório; a duplicidade da jornada em ser mãe e trabalhadora; e o cuidado como atribuição naturalizada das trabalhadoras da saúde. Conclui-se que essas mulheres se sentem realizadas no trabalho, apesar de serem pouco valorizadas, diante dos marcadores sociais de gênero e da faixa etária. A pesquisa também possibilitou que, ao rever suas trajetórias durante as entrevistas, as trabalhadoras participantes refletissem sobre a necessidade de encontrar estratégias para que a feminização do trabalho não seja estendida para a próxima geração, bem como de que o trabalho hospitalar seja uma atividade que possa produzir saúde.


The goal of this study is to understand the pathways to the feminization within hospitals, comprehending the outcomes of sex division and gender relations at work based on a research performed in a hospital in the state of Rio Grande do Sul. The methodology used was semi-structured interviews about the workers' life paths and analysis of discourse. Nine women with a wide range of education and varied functions participated in this research. The analysis was made of the following elements: work as autonomy and sustenance; precarious female work due to sexual division of labor and beginning of career; female domestic work as under acknowledged; the double journey of being a mother and a worker; and caretaking as a natural attribution to the female health provider. It is concluded that these women feel fulfilled at work even being little recognized because of the social markers of gender and age. The research also made possible, when reviewing their trajectories during the interviews, that the participating workers reflect on the need to find strategies so that the feminization of labor is not extended to the next generation, and that hospital work is an activity that can produce health.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Relações Trabalhistas , Pessoal de Saúde , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Hospitais , Relações Interpessoais , Mulheres Trabalhadoras
18.
Rev. enferm. UERJ ; 25: [e26999], jan.-dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-947712

RESUMO

Objetivo: descrever as percepções de enfermeiras obstétricas sobre suas condições de trabalho. Método: pesquisa qualitativa com 15 enfermeiras obstétricas atuantes em hospitais da cidade Rio de Janeiro. As entrevistas foram realizadas no período de abril a maio de 2016 e após foram transcritas, codificadas, categorizadas e discutidas à luz do referencial de Bourdieu. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e pesquisa/CAAE 54061315.9.0000.5282. Resultados: as condições de trabalho percebidas pelas enfermeiras foram a instabilidade no vínculo de contrato, levando ao medo de perder o emprego; a busca por produtividade que descaracteriza o cuidado humanizado e a violência simbólica representada pela desqualificação e divisão sexual do trabalho. Conclusão: essas condições apontam para a precarização do trabalho e podem interferir diretamente na implantação das práticas de cuidado humanizadas no parto e nascimento e na saúde das enfermeiras.


Objective: to describe the obstetric nurses' perceptions about their working conditions. Method: qualitative research with 15 obstetric nurses working in hospitals in the city of Rio de Janeiro, Brasil. The interviews were carried out from April to May 2016 and were then transcribed, coded, categorized and discussed based on Bourdieu's reference. The research was approved by the Ethics and Research Committee / CAAE 54061315.9.0000.5282. Results: the working conditions perceived by nurses were caracterized by instability in the job contract, leading to fear of losing their job; the search for productivity that de-characterizes the humanized care and symbolic violence represented by the disqualification and sexual division of labor. Conclusion: these conditions indicate to the precariousness of work and may interfere directly in the development of humanized care practices in childbirth and birth as well as in nurses' health.


Objetivo: describir las percepciones de las enfermeras obstétricas sobre sus condiciones de trabajo. Método: investigación cualitativa con 15 enfermeras obstétricas que trabajan en hospitales de la ciudad de Río de Janeiro, Brasil. Las entrevistas se llevaron a cabo de abril a mayo de 2016 y luego fueran transcritas, codificadas, categorizadas y discutidas según el referencia lde Bourdieu. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética e Investigación / CAAE 54061315.9.0000.5282. Resultados: las condiciones laborales percibidas por las enfermeras se caracterizaron por la inestabilidad en el contrato de trabajo, lo que generó temor a perder su trabajo; la búsqueda de la productividad que descaracteriza el cuidado humanizado; y la violencia simbólica representada por la descalificación y la división sexual del trabajo. Conclusión: estas condiciones indican la precariedad del trabajo y pueden interferir directamente en el desarrollo de prácticas de cuidado humanizado en el parto y el nacimiento, así como en la salud de las enfermeras.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres Trabalhadoras , Saúde da Mulher , Humanização da Assistência , Divisão do Trabalho Baseada no Gênero , Enfermagem Obstétrica , Condições de Trabalho , Pesquisa Metodológica em Enfermagem , Hospitais
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...